terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

As Vantagens da Monarquia

As vantagens da Monarquia


O Rei reina, mas não Governa, segundo uma velha máxima da fraseologia politica.

O Presidente da República obviamente que não reina, por impossibilidade lógica. E não governa porque essa função cabe a um outro órgão de soberania. O que muitas vezes acontece é que não deixa governar. O que, de resto, advém normalmente quando o Governo não pertence à facção que o elegeu.
Depois agindo transitoriamente e a título pessoal é da essência humana que apenas o preocupe o seu tempo de consulado.

Contrariamente, o monarca é vitalício; e chefe de família não quererá deixar ao seu primogénito, natural sucessor nos negócios do Estado, problemas que lhe possa evitar.

Hoje. Porém, trazemos este tema à colocação por outros motivos.

É a próxima eleição presidencial que determina estas cogitações, lucubrações ou que se queira chamar.

As tubas já clamaram quatro candidatos. Agora parece que reduziram a dois:
Manifestamente velhos.
Não pela idade, que Apio Cláudio Cego governou Roma, ou melhor chegou a detentor do poder máximo, quando tinha já cem anos.

E muito próximo de Mário Soares ou Cavaco Silva não reside efectivamente no ano de nascimento de qualquer dos dois. Mas sim e unicamente com a identificação de qualquer um deles com políticos que já não são de outro tempo.

A banha de cobra que Soares nos quer impingir, as suas justificações para o terrorismo e os terroristas, as suas criticas a toda a actividade policial que inculque autoridade e muitas outras coisas más, nomeadamente o seu anti-americanismo primário e um não menos irracional anti-ocidentalismo cristão, não auguram um bom leme para a não portuguesa.

E Cavaco, mau grado os ditirambos que uma pseudo direita lhe invoca e avoca, é outro modelo que já passou.

Condutor duma política que teve algum êxito num ciclo em que o centrismo se tinha de sobrepor à economia de mercado, falharia hoje rotundamente se voltasse a dirigir um executivo.
E para chefe de Estado falecem-lhe todas as condições.

Mas, porque no nosso horizonte político se não perfila ninguém que os possa enfrentar, um deles, se quiser, vai ser o supremo condutor da Nação no próximo quadriénio…

Os outros candidatos preanunciados não são velhos, mas são rapazes.

Não pela idade, mas pelos comportamentos. Freitas do Amaral, democrata cristão, hoje defensor do socialismo democrático, ora pró-americano, ora anti-americano; olhando para a guerra contra o Iraque consoante está no governo ou no desemprego político, não revela uma estabilidade de pensamento e acção essências a um condutor do Estado.

Alegre, para além de se identificar apenas com uma estreitíssima faixa do leitorado personifica uma espécie que tem os defeitos da alma nacional sem a contrapartida das suas qualidades…

Os países pobres ou não ricos não têm dinheiro para custear uma república e o seu presidente.

Foi o que os povos nórdicos concluíram. E optando pela monarquia, têm vivido ricos e tranquilos…..

Por Leal Freire